segunda-feira, maio 28, 2007

A descoberta do fumo


19 de janeiro de 2006

Estava lendo o
Jornal do Blogueiro e me lembrei da primeira tragada.
Sei que não é todo mundo que experimenta o fumo, mas penso que muitos não-fumantes de hoje já experimentaram um dia. Ao menos para saber como é e o que é.
Lembrei da primeira tragada. Não sei que idade eu tinha. Talvez uns dez anos... Meu pai tinha um amigo e logo as esposas também se conheceram. Começaram a se reunir, se encontrar de vez em quando, estreitar os relacionamentos. Certo dia resolveram viajar juntos, mas agora não me lembro se para a casa da mãe do amigo ou se da amiga. O destino era Rio Claro.
A mãe (do amigo ou da amiga, não importa), tinha uma voz grave, uma expressão séria, mas conversava sem parar. E fumava. Não sei dizer quantos maços por dia, mas fumava muito. Era praticamente um atrás do outro e por ali, pela cozinha da casa, estava “sobrando” cigarros.
Eu resolvi experimentar. Arquitetei um plano. Verifiquei antes qual seria o melhor local, o melhor esconderijo para minha aventura. Pensei em como tiraria um cigarro e com o quê acenderia.
Tudo decidido, mãos à obra. Peguei rapidamente um daqueles branquinhos, uma caixa de fósforos e saí correndo. Tudo certo! Experimentei com calma, porém atento aos movimentos para que ninguém me descobrisse. Ah, a marca era Continental, o famoso “preferência nacional” (era o slogan).
Não fiquei apenas naquele primeiro. Em todos os dias seguintes que passamos lá eu roubei um cigarro...
Acabou a viagem e eu não fumei mais. Só mais tarde, poucos anos depois, mas esta é outra história que certamente também escreverei.