segunda-feira, maio 28, 2007

Botcha?


10 de janeiro de 2006.

- E aí, Júnior, tá a fim de jogar botcha?
- Botcha? Eu não!
- É, botcha é chato, né?
Quando o cara respondeu isto à minha negativa, fiquei pensando o por quê de ter me convidado então. E continuei, tirando lá do fundo do baú:
- Prefiro taco!
- Taco?
- É, aquele que tem uma casinha e você tem que derrubar a do adversário e defender a sua... (fiz o gesto enquanto falava, como se estivesse com o taco na mão)
- Ah, esse é legal! Eu joguei quando era criança...
Fiquei pensando que aquilo deveria ser uma mentira deslavada. Se já jogou não sabe o nome? Taco é taco, não tem outro nome como pipa, papagaio, quadrado e etc. que se referem ao mesmo objeto. Além do que, o cara com quem eu estava falando é muito mais novo do que eu. Com certeza sua infância foi muito diferente da minha e sem muitas das brincadeiras que existiam na era anterior aos vídeo-games e semelhantes. Aí me lembrei, com o taco, de uma história. Resumi para ele:
- Uma vez, jogando taco, eu dei uma porrada tão forte na bolinha, que veio pingando, que estourei um fio da Eletropaulo...
- Olôco!
- A rua toda ficou sem luz... Não preciso nem dizer que o jogo acabou na mesma hora, né? Só foi vizinhos saindo para o portão para ver o que tinha acontecido.
É, a moçada de hoje nem sabe o que é isto. Pelo menos a moçada que mora em São Paulo (capital, claro!).