segunda-feira, maio 28, 2007

Sherlock Holmes


13 de janeiro de 2006.

Descobrir coisas é fascinante.
Um funcionário da empresa anda telefonando para um disque-sexo. Segundo informações de nosso departamento jurídico, já não existem mais as linhas 0300, 0500, 0900 ou sei lá qual mais. Agora a ligação para este tipo de serviço é feita para uma linha de telefone comum, o prestador de serviços liga para o "consumidor", confirma seus dados e envia a cobrança. Eu não sabia disto. Penso que o funcionário também não sabe. Na cabeça dele, como se trata de uma linha comum, passará desapercebido na conta de telefone da empresa.
Bem, como alguém lá do serviço ligou para a empresa para confirmar, o funcionário está quase pego. Aí começaram as investigações. O responsável do jurídico ouviu a gravação do telefonema. Não indentificou a voz, mas sim o setor em que o sujeito trabalha. Faz-se necessário a comprovação. Depois de algumas horas, um computador foi instalado junto à central telefônica. É o chamado bilhetador: registra todas as ligações feitas e recebidas por cada ramal. Não, não grava a conversa! Mostra apenas os números de telefone de origem e de destino e o tempo da chamada. Agora é esperar o próximo contato.
...
Gosto desta coisa de investigação. Gosto de Sherlock Holmes. Os filmes de tribunais e julgamentos são os meus prediletos. Detetives, policiais, perseguição. É bom demais! O fim da história é que não é feliz para alguém. No caso do funcionário, nem preciso dizer... Parece que cada chamadinha de dez minutos sai pela bagatela de R$ 45,00.