quarta-feira, dezembro 27, 2006

Conversas, lembranças e novas de família


18 de julho de 2005.

Sábado, um dia antes do aniversário dos dois, estive com minha tia e madrinha e meu avô.
Foi uma reunião curta de família. Na verdade, quase que resumiu-se a um almoço. Mas foi bom rever, não só os dois, como Tiago e Hulda.
Após a dita refeição, conversa.
Lembrei o quanto chorei no casamento da tia Susana porque “eu” queria me casar com ela. Eu tinha apenas meus seis, quase sete anos, e meus pais foram padrinhos. Lembro-me que eu e meu irmão ficamos sós naquele banco frio de igreja. E chorei. Não sei se tentei esconder de meu irmão ou se fui descarado. Mas chorei. Essa revelação só fiz depois de muitos anos à minha querida tia.
Contei também a história da cobra, lá na casa da rua Padre Café. Eu descia correndo a rampa do quintal e deparei-me com uma cobra. Na minha infância era enorme. Hoje, adulto, penso que talvez não fosse tão grande assim. Era verde. Subi correndo e, bufando, pedi socorro. Aquela minha tia, minha heroína, desceu com um frasco de álcool e fósforo. Queimou a cobra, minha ameaça. Ela lembrou-se do fato. Minha avó, de jeito nenhum.
Vi fotos do tio Abiatar (será que é assim que se escreve o nome do homem?). As fotos eram da comemoração de seus oitenta e um anos. Por elas, nem sinal dessa idade. Continua o mesmo garotão de estilo que usava Coca-Cola como bronzeador. É, aos que lêem, acreditem! Isso era lá no Clube Caiçaras.
E a Susana, que teimou com o fato de eu conhecer ou não o Davi! Que coisa! Quer saber mais do que eu da minha vida e lembranças?
Quando chegou a hora de ir embora, e cinco minutos depois daquele pedaço de família partir, chegou o Marcelo. Há quanto tempo também não via esse meu primo! Sua filha, não há palavras melhores do que apenas uma: linda! E o menino... é a simpatia em pessoa. Sorri para todos! E é a cara do pai. Quem viu, sabe. Também muito bonito.
Bem, o que merece ser falado é o que comentei depois com a Clau. O Marcelo deu o nome de Pedro ao seu filho. O mesmo nome do avô. Adorei. Acho que é merecida a homenagem. Nosso querido avô... Vi que para os netos era adorado, sentimento diferente daquele sustentado pelos filhos... Fiquei feliz de saber que não fui o exclusivo em amar meu avô.
Muito bom!