domingo, setembro 09, 2007

Barganha, breganha, berganha.


20 de março de 2006.

Como diz a Ângela César na matéria publicada em 4 de dezembro de 1999, n´O Vale Paraibano, “a pronúncia correta não importa. O importante é pechinchar, gastar saliva e fazer negócio - literalmente a qualquer preço.
Diz ainda que “sempre aos domingos, o Mercado Municipal de Taubaté se transforma em uma verdadeira feira ao ar livre, onde pode-se encontrar de tudo um pouco - antigüidades, aparelhos eletrônicos, comes e bebes e tralhas que ninguém sabe para o que serve, mas sempre tem alguém à procura.”
Pois é isto mesmo. Quando fui convidado a ir até a “berganha”, fui sem saber do que se tratava. Fiquei impressionado. A Ângela César foi até boazinha falando de antigüidades. A palavra mais certa, com certeza, é “tralhas”. É um monte de tralhas espalhado pela rua, jogado sobre lonas, à venda. Coisas muito velhas, coisas que a imaginação dos mais velhos nem acredita que ainda existam. Rádios de pilha, dos grandes aos pequenos, máquinas de escrever, peças de bicicleta enferrujadas, peças de máquinas e parafusos dos mais diversos, LP´s com capa amarelada, sapatos mais do que usados, ferros de passar, daqueles de ferro mesmo, antigos, gravadores, aparelhos de som piores do que os velhos que a gente só encontra em assistências técnicas... Eu não acreditava que estava vendo aquilo. Voltando ao texto da Ângela no jornal, “tralhas que ninguém sabe para o que serve, mas sempre tem alguém à procura.”
Meu pecado foi não ter levado minha câmera. Eu a carrego para todos os lados e desta vez deixei em casa. Teria tirado muitas fotos. Em minha próxima visita a Taubaté certamente voltarei lá. Comprar? Nada! Fotografar, muito! É coisa de outro mundo!