sábado, abril 28, 2007

O duro papel do treinador de crianças


28 de outubro de 2005.

Há umas duas semanas fui a um jogo de futebol de escola contra escola. Saí de lá pensando em como deve ser duro ser o técnico/treinador/professor daqueles garotos de 9, 10 anos. Os pais lá, todos assistindo o jogo, loucos para sentir o peito enchendo-se de orgulho ao ver o filho em quadra. O treinador, vamos resumir assim, é quase que obrigado a colocar TODOS os meninos no jogo! O cara tem que esquecer a história de querer ganhar! Mais vale deixar os pais felizes do que ganhar uma partida de futebol contra o outro colégio! Deve ser muito difícil... Para quem tem o espírito competitivo, deve ser MUITO difícil! Tem que ter é espírito esportivo, não competitivo.
Pois bem. Ontem à noite fui assistir a abertura da Oliglória (Olimpíadas do Colégio Nossa Senhora da Glória). Uns vinte colégios convidados. Promete ser uma bela festa esportiva. E eu fiquei pensando naquele assunto do treinador... Se fosse eu, é claro que eu iria lá para GANHAR e não para deixar pais felizes. Eu, com quase certeza, jogaria com Vitinho, Vitão, Marcelinho, Luquinha e Renan, sujeito ainda a derrotas...
Na volta para casa comentei com a Clau sobre meu pensamento. O Felipe ouviu e já foi logo falando: "Não, o tio Celso já falou com a gente que algumas pessoas talvez não joguem!"
Pensei: que bom! Ele tentará vencer! Também, uma olimpíada dessa, tem que tentar vencer mesmo!