segunda-feira, maio 28, 2007

Preguiça dá prejuízo


9 de dezembro de 2005.

Eu estava trabalhando em minha mesa. Precisei de uma borracha. Minha mesa fica de frente para uma outra, mas na diagonal. Não sei se dá para entender.
- Me empresta a borracha? Pode jogar!
Quem me emprestou estava fazendo um cartaz, usando pincel e tintas, vermelho e azul. Estava com dois copinhos de tinta. Peguei a borracha que veio voando. Usei.
No momento de devolver a borracha eu poderia:
1) levantar-me do meu lugar e colocá-la onde estava.
2) chamar o dono do objeto e jogar para ele de volta.
Não fiz. A preguiça prendeu-me à cadeira e meu cérebro não comandou a língua. Simplesmente joguei a borracha de volta, mirando a mesa. Ploft! Se eu tentasse mais uma vez, mais dez vezes, não conseguiria acertar no copo com a tinta vermelha. O "ploft" fez voar tinta para todos os lados. Prejuízo: uma borracha, um cartaz, uma camisa e uma calça, estas últimas do meu amigo.
- Devo a você uma camisa e uma calça.
- Não! Esqueça isto!
- Não! Devo sim! E vou pagar!
- Só se sua resposta à minha pergunta for diferente de "não". Foi de propósito?
- Não, mas não posso lhe causar prejuízo. Eu aprendi assim.
- A Adriana concordaria comigo. Não deixaria você pagar...
- E minha mãe concordaria comigo!
Conclusão: não levantar da cadeira e não abrir a boca me custou um dinheiro razoável