sábado, abril 28, 2007

Mess, confusion, disorder.


7 de novembro de 2005.

Não sou profeta. Era, apenas, previsível.
E cá estou, por enquanto sem teto, quase sem roupa, não abandonado.
Obra é uma merda. Começa aquele pó, aquela sujeira, e a gente tem a sensação (errada, ainda bem!) de que não vai mais acabar.
Entulhei tudo o que saiu da Liberdade em um só quarto da nova casa. Agora já não acho coisa alguma.
O fim chegará. Tudo ficará em ordem e eu com um bom e agradável espaço para morar.
Penso que nossa vida caminha também assim. Há momentos em que tudo parece desorganizado. Surgem problemas que parecem sem solução. A gente perde ou não encontra alguém ou alguma coisa que nos é importante. Desespero até, às vezes, nos assalta. Choro, tristeza, falta de ânimo. Mas há um caminho. Sempre há. A poeira se assenta. As coisas se ajeitam. Às vezes não como imaginamos ou queremos, nem no tempo que desejamos. Embora não entendamos o tempo, temos que respeitá-lo. Depois da tempestade vem a bonança. É um ditado antigo, mas real.
A gente tem facilidade de se adaptar a coisas novas e nem se dá conta disso. Lá na frente, depois de vários dias, ou meses, ou anos até, quando olhamos para trás, percebemos aquela fase de outra maneira. Enxergamos o quanto aprendemos ou deixamos de aprender. Até damos risada de vez em quando. Achamos que o problema não era tão grande assim ou que a solução não era tão difícil. Vemos que superar não foi tão árduo ou, mesmo que tenha sido, as feridas cicatrizaram e nos deixaram um bom legado.
Assim caminha a humanidade...